domingo, 19 de novembro de 2017

Renato Borghetti

Poucos sabem que Renato Borghetti é hoje um dos artistas brasileiros de mais solida carreira internacional.

Tournés europeias são uma constante na vida do gaiteiro, cidades italianas (sua origem), passando ainda por festivais na Croácia, Republica Tcheca, Áustria e Alemanha. Na Áustria, onde se apresenta regularmente desde 2000, Renato se sente em casa, pois não há cidade em que não tenha tocado.

“Lá tenho até um fã clube, as pessoas vão a tudo que é show, saem de Viena para assistir em cidades do interior e vice-versa, sempre lotando os lugares”, conta. com show de lançamento previsto para outubro, no Teatro do Bourbon Country.

No verão europeu, as apresentações são na maioria ao ar livre, para milhares de pessoas; mas também teatros, clubes de jazz, casas noturnas e centros culturais daqueles países e da França, Portugal, Hungria, Holanda, Eslovênia, Bélgica, Suíça tem programado a musica do gaucho. Para os que gostam de rótulos e classificações (como os jornalistas), o instrumental, o instrumental de Borghetti costuma entrar nos arquivos de etnomusic, world music, jazz fusion. Mesmo tendo na essência ritmos como vanerão, chote, milonga e chamamé, não causa nenhum estranhamento. Até pelo contrario: “A sonoridade do acordeon é familiar para o público europeu, e como partimos de nossas raízes para uma música mais elaborada, uma coisa mais jazzística, a aceitação é total. São normalmente shows longos, não saímos sem fazer diversos bis”.

As formações do grupo alternam quartetos, quintetos e sextetos. Nas turnês européias recentes , atua o quarteto, com Daniel Sá nos violões, Pedrinho Figueiredo na flauta e sax e Vitor Peixoto nos teclados. Em outras circunstancias, entram Arthur Bonill (violão sete cordas) com o qual BORGHETTI tem uma formação em Duo , Ricardo Baumgarten (baixo), Caco Pacheco (percussão) e Marquinhos Fê (bateria). É uma turma que se entende as mil maravilhas, cevada em estradas, aeroportos, palcos, bares e hectolitros de mate e cerveja na Fazenda do Pontal. A sala de grandes janelas da casa de campo dos Borghetti, à beira do Guaíba, em Barra do Ribeiro, foi transformada em estúdio de gravação , DVD “Fandango!”, trabalho que mostra um Renato em meio a paisagens do Rio Grande, contando sua história desde o inicio, surpreendentemente falante.

“Neste registro , ele resolveu fazer o caminho inverso, levando para o ambiente rural a mais moderna tecnologia. Com direção do excepcional Rene Goya Filho, o DVD é o primeiro produzido no Rio Grande do Sul no formato HD (High Definition).

Também foi lançado em 2012 vídeo documentário de suas andanças , onde foi mostrado em detalhes a reação do público fora do pais, a aceitação por parte da plateia e a surpresa de que a música executada por Borghetti, além do samba e bossa nova , também é brasileríssima.

Suas primeiras apresentações no exterior foram em 1998, em Portugal e na França. Já a primeira viagem internacional foi em 1990, para shows no S.O.B.´s, de Nova York.

Em 1995, estreou no Uruguai e na Argentina. Em 1999, voltou a França. No ano seguinte, de novo Portugal, França e o inicio do idílio com o público austríaco. A partir daí, dezenas de carimbos de passaporte: Viena, Innsbruck, Linz, Paris, Toulon, Berlin, Munique, Bremen, Budapeste, Lisboa, Praga, Florença, Padova, Lubliana, etc... Nos EUA foram duas vezes em 2006, uma delas no Festival do Acordeon de San Antonio, no Texas.

Borghetti é cada vez mais atração internacional também em festivais do instrumento, ao lado de estrelas como o italiano Ricardo Tesi, o irlandês Martin O´Connor, o português Artur Fernandes, o espanhol Kepa Junqueira. BORGHETTI comemora em 2014 seus 30 anos de carreira, iniciados a partir daquele álbum que, vendendo mais de 100 mil cópias, ganhou o primeiro disco de ouro da musica instrumental brasileira.

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