quinta-feira, 9 de novembro de 2017

Heitor Villa-Lobos

Heitor Villa-Lobos foi o mais importante e reconhecido maestro brasileiro. Nasceu em 5 de março de 1887, no Rio de Janeiro. Morreu em 1959, na capital fluminense.
A influência musical do maestro foi direcionada pelo pai, que o ensinou a tocar clarinete e violoncelo. Aos seis anos, Villa-Lobos é levado a reconhecer características do gênero, caráter, origem, estilo e ruído musicais. A família morava, então, no Estado de Minas Gerais.
Na mesma época, sob a influência de uma tia, começa a ouvir as composições de Johann Sebastian Bach.A obra do compositor alemão é importante inspiração para o trabalho de Villa-Lobos e sua carreira em geral.
Essa característica é verificada nas nove peças "Bachianas Brasileiras", uma de suas mais importantes composições. A segunda peça da obra é denominada "Trenzinho Caipira".
De volta ao Rio de Janeiro, Villa-Lobos é seduzido pelo "choro". O estilo de música popular não era aprovado pelos pais e o rapaz passa a estudar violão escondido. A transgressão resulta em uma série de 14 obras, "Choros".
O amadurecimento musical do futuro maestro é iniciado por uma série de viagens ao interior do Brasil. O percurso inclui o Espírito Santo, Bahia e Pernambuco a partir de 1905. Quatro anos depois, Villa-Lobos chega ao interior paranaense, em Paranaguá, onde toca violoncelo e violão.
Cidades do interior nortista e nordestino estão no percurso realizado entre 1911 e 1912. O conhecimento das peculiaridades regionais influencia diretamente na obra do maestro, que retorna ao Rio de Janeiro em 1913.
No mesmo ano, casa com a pianista Lucília Guimarães. Já reconhecido compositor, é convidado por Graça Aranha (1868 - 1931) a integrar a Semana de Arte Moderna. No evento, que marcou o Modernismo no Brasil, Villa-Lobos apresentou três espetáculos, entre eles "Danças Características Africanas".
A ampliação do conhecimento e atuação musical do Villa-Lobos ocorre em sua primeira temporada em Paris. O maestro brasileiro chegou à capital francesa em 1923, com apoio financeiro da Câmara dos Deputados. Na cidade, é influenciado diretamente pela obra do russo Igor Stravinsky.
Em Paris, Villa-Lobos recebe apoio de artistas brasileiros, como Tarsila do Amaral (1886 - 1973). Em 1924, retorna ao Brasil porque o orçamento recebido para a permanência na Europa era insuficiente.
A retomada do projeto europeu só ocorre em 1927, onde o maestro permanece por três anos. É nessa fase que recebe reconhecimento internacional.
De volta ao Brasil, em 1930, inicia um ousado projeto de educação musical a partir de São Paulo. Sua atuação resulta na criação, no âmbito do governo federal, do Conservatório Nacional de Canto Orfeônico. A inauguração do espaço ocorreu em 1942.
Dois anos depois, Villa-Lobos aceita o convite do maestro norte-americano Werner Janssen e inicia uma turnê pelos Estados Unidos. Até então, o maestro brasileiro resistia, mas foi demovido por conta da diplomacia entre os países aliados na Segunda Guerra Mundial.
O músico retornou várias vezes ao país, onde gravou obras e fechou um ciclo de reconhecimento internacional. O maestro morreu no dia 17 de novembro de 1959, vítima de câncer.

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