quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Naná Vasconcelos

Juvenal de Holanda Vasconcelos, Naná, nasceu no dia 2 de agosto de 1944, no Recife, em Pernambuco. Especialista em ritmos e diferentes estilos da  'World Music', MPB e do Jazz, Naná é um músico com oito prêmios Grammy, considerado autoridade mundial quando no assunto. Filho de violonista, começou na banda marcial de seu pai, aos doze anos, tocando bongos e maracas no Recife. Desde jovem envolvido nos movimentos de maracatu, é virtuoso no berimbau e adepto de métricas pouco usuais no jazz - com levadas em 5/4 ou 7/4, mas que são muito tocados no nordeste brasileiro.

Com preferência por instrumentos de percussão, foi na década de 60 que se notabilizou por seu talento com o berimbau. Já no ano de 1967, no Rio de Janeiro, gravou com Milton Nascimento e, no ano seguinte, então em São Paulo, com Geraldo Azevedo, participou com o 'Quarteto Livre' do Festival Internacional da Canção. Assim, e com extensa carreira no exterior, tocou ao lado de Jon Hassel, Egberto Gismonti, Pat Metheny, Evelyn Glennie e Jan Garbarek, entre outros.

Seu currículo que ainda tem, entre 1978 e 1982, o grupo de jazz "Codona", com Don Cherry e Collin Walcott, com o qual lançou três álbuns. Assim, no seleto grupo de percussionistas brasileiros que mudaram a direção e o som do jazz no país, na fase pós-bossa nova, contribui para o crescimento e evolução rítmica, pesquisando e incorporando uma série de instrumentos na percussão. Hoje, mostrando ao mundo, sua capacidade e swing, é conhecido como o percussionista que tira som de qualquer coisa, fazendo sua 'música universal'.

Em seu último trabalho, intitulado "Quatro Elementos", Naná criou um projeto que envolve os quatro elementos básicos da natureza - água, ar, terra e fogo. Nele, o músico se revela também um mestre nas melodias, brincando com os elementos e adicionando informações sonoras. Batida do coração, assopro, assobio, crepitar de brasas, água escorrendo, ruído de pacote de salgadinho, voz e palmas são combinados ao som de instrumentos como a rabeca, viola de 12 cordas, ou o violoncelo, o berimbau, o caxixi e muitos outros.

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