sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Dilermando Reis

Começou a estudar violão com o pai, o violonista Francisco Reis, ainda na infância. Em 1931, aos 15 anos de idade, já era conhecido como o melhor violonista de Guaratinguetá. Neste mesmo ano, assistindo a um concerto do violonista Levino da Conceição, que se apresentava na cidade, tornou-se seu aluno e seu acompanhador, seguindo-o em suas excursões.

Em 1933 chegou ao Rio de Janeiro, em companhia de Levino da Conceição e segundo contou em depoimento ao "MIS", "ao desembarcarmos na Central, tomamos o bonde com destino à Lapa à procura do violonista João Pernambuco", que era amigo de Levino da Conceição. O violonista residia num quarto de uma república na Praça dos Governadores, posteriormente Praça João Pessoa localizada no cruzamento da Av. Mem de Sá com a Rua Gomes Freire. Passaram o resto do dia e a noite com João Pernambuco, entre conversas e música.

Em 1934, Levino Conceição, a pretexto de ir a Campos, deixou pagos 15 dias de hotel para o jovem violonista e nunca mais voltou. Sozinho na cidade, procurou auxílio com João Pernambuco, que o acolheu. Em fins da década de 1930, envolveu-se num caso amoroso com Celeste, companheira de seu ex-professor Levino Conceição. O casal passou a residir na Rua Visconde de Niterói, próximo ao Morro de Mangueira. Viveram juntos por toda a vida. Trabalhou nas casas musicais Bandolim de Ouro e Guitarra de Prata. Foi amigo do ex-presidente Juscelino de Oliveira, e segundo seu depoimento: "Ajudei a construir, com minhas próprias mãos, o Catetinho. Meu violão foi o primeiro ouvido nos céus da nova capital. Fiz também a primeira música em homenagem à cidade que nascia".

Nenhum comentário:

Postar um comentário